Nunca se falou tanto em divórcio quanto
nos últimos tempos, parece que quanto mais se passam os anos, mais se banalizam
os relacionamentos conjugais. Casar e se divorciar se tornou algo rotineiro,
simples, natural, trivial, comum entre a sociedade, principalmente ocidental.
As pessoas não desistem de encontrar um
grande amor, mas desistem de preservar um amor nos primeiros obstáculos que
surgem, achando que não merecem passar por frustrações e que pelo fato de o companheiro ter feito algo desagradável não ser digno de seus sentimentos,
apontando-o como um vilão. E assim, muitos supostos vilões vão passando pela
vida.
“Fundamental
é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho” disse Tom Jobim, renomado
representante da Música popular Brasileira e um dos criadores da Bossa Nova.
Essa frase explica a incessante e desesperadora busca por companhia.
As pessoas querem aparentar de toda
a maneira que não precisam de ninguém, querem se bastar, ser autossuficiente
achando que este é o caminho da felicidade, mas como em um ato falho deixam
manifestar comportamentos que contradizem isto. O número de festas, baladas,
redes sociais que rebentam continuamente no circuito social não deixa encoberta
a necessidade do ser humano de ter companhia. Todo mundo busca, de uma maneira
ou de outra, esquivar-se da solidão.
É muito discrepante as palavras e as
ações das pessoas. Às vezes sendo agressivas e desdenhando do amor, como se
este fosse desnecessário, como se não o quisessem ter, como se fosse algo
fútil, como se o amor próprio bastasse, mas em qualquer oportunidade que
encontram de se relacionar amorosamente ficam torcendo para que dê certo e, se
não dá, simplesmente agem como se estivessem doando uma roupa velha. Talvez o
medo de sofrer que impeça o crescimento (inter) pessoal.
Necessitamos um do outro para viver, é
uma lei universal e indiscutível, viver negando isso é um mecanismo de defesa,
mas que não funciona com a tal finalidade porque apenas cria uma vida leviana.
Não é vergonha precisar de alguém,
não é vergonha amar, não é vergonha demonstrar sentimentos, não é vergonha se
emocionar diante de coisas simples. Vergonha é negar as próprias necessidades,
é viver de aparência, é se preocupar com o que os outros vão pensar e criar uma
imagem em função disto. A mais profunda necessidade do ser humano é a de ser
amado, e todos buscam isso por mais que o neguem e se digam não precisar de
ninguém.
O orgulho não proporciona nada de
vantajoso, te priva da felicidade, te faz perder coisas boas, impede suas
conquistas, breca seu crescimento. Humildade não é, nunca foi e nunca será
sinônimo de pobreza, é sim sinal de riqueza espiritual, de soberania de caráter.
Um pedido de perdão, o ato de assumir uma culpa, o dizer eu te amo, o correr
atrás de um amigo ou um amor só te faz ganhar coisas que você poderia ter
perdido caso preferisse enaltecer seu ego.
Psicóloga Katree
Zuanazzi
CRP 08/17070
Nenhum comentário:
Postar um comentário