Hipnose. Termo originário da união das
palavras hipnos-gnose, com sua vertente em “hypnos” que significa sono, advindo
de um deus grego com este nome. Denominação cunhada pelo médico James Braid,
assim se deu devido ao estado de transe ser demasiadamente semelhante ao estado
de sonolência. Embora a denominação seja equivocada, tendo em vista que não se
dorme durante o transe hipnótico, a nomenclatura se difundiu e não mais houve
possibilidade de modificá-la.
Sempre vinculada à busca de cura, a
hipnose ganha espaço com a primeira e segunda Guerra Mundial devido ao cenário
traumático do pós-guerra e das patologias emergentes na época, sendo usada como
tratamento.
Há vários mitos que permeiam o fenômeno
hipnose, entre eles, de que a hipnose é causada por poderes sobrenaturais do
hipnotizador, que a pessoa dorme ou fica inconsciente, que o hipnotizador
controla totalmente a pessoa, e coisas de gênero. Tais postulações são
inverídicas. A pessoa hipnotizada não vai fazer nada que seu senso crítico e
sua moral não permitirem, não vai dormir muito menos perder a consciência, não
vai revelar segredos nem ser dominada pelo hipnotista. Salientando que o transe
ocorre na linha delimitadora entre o sono e a vigília.
No decorrer do dia-a-dia entra-se em
transe espontaneamente por várias vezes sem que nos demos conta disso. Quando
estamos lendo um livro e nos perdemos nas nossas divagações mentais; quando,
assistindo televisão, nos concentramos tanto na programação que nem ouvimos
quando alguém nos chama; quando, durante uma conversa, não prestamos atenção no
assunto, pois estamos pensando em outra coisa; quando fantasiamos ou “sonhamos
acordado”, etc.
Sendo definido como um estado alterado
da consciência, o transe hipnótico se dá por via de concentração direcionada a
um estímulo que se apresenta monótona e repetitivamente, podendo ser ele
auditivo, visual ou olfativo.
Juntamente com a hipnose há a o uso de
sugestões, que tem um poder de convencimento incomparável. Percebe-se isto na
publicidade que, através de anúncios e propagandas, direciona o comportamento das
pessoas. Como diz Benomy Silberfarb “o convencimento é a palavra de ordem no
mundo das atividades comerciais. Não deixa de ser um hipnotismo comercial e
publicitário”. Ou seja, somos hipnotizados o tempo todo.
Na hipnose clínica, estando a pessoa em
transe, o hipnoterapeuta vai então utilizar-se de sugestões terapêuticas visando
eliminar os sintomas apresentados pelo paciente. As sugestões têm um papel
fundamental, pois é direcionada justamente para a queixa que a pessoa trouxe. Enquanto
a psicoterapia trabalha o conflito para que o sintoma vá se desfazendo
juntamente com ele, na hipnose clínica faz-se o sentido inverso, extingue o
sintoma primeiramente, porque é ele que causa o sofrimento do paciente, e
depois trabalha-se o conflito que originou este sintoma. Assim os resultados
são mais rápidos e promissores.
Entre as indicações da hipnose como
tratamento pode-se destacar obesidade, anorexia, ansiedade, fobias, estresse,
traumas, parar de roer unha, de fumar, além de ser útil para exacerbar
características desejáveis como atenção, autoestima, bem estar, inteligência,
controle emocional, autoconfiança, tranquilidade, felicidade, enfim, tem uma
abrangência de atuação vasta para promover curas e qualidade de vida.
Psicóloga Katree
Zuanazzi
CRP 08/17070
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