segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

QUANDO O CORPO ESTÁ GORDO


Atualmente emergiu a apologia ao corpo gordo, ignorando o fato de que é um problema de saúde. A questão de padrão de beleza é um mero detalhe. Por exemplo, aquelas modelos anoréxicas estão dentro da “norma social’ de beleza vigente, todavia estão doentes. Por mais que tenha eclodido um laudatório a obesidade isso deve ser repensado, pois o conceito de corpo ideal é efêmero, perpassa épocas e culturas. E venerar um determinado estilo corporal não anula os comprometimentos que ele represente a saúde.
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública, tendo em vista que esta predispõe o organismo a inúmeras outras patologias como diabetes, hipertensão, hepatite, doença cardiovascular, entre outras. O aumento de massa de gordura e de células adiposas que sintomatizam a obesidade, fazem dela uma doença crônica multifatorial, que nunca se manifesta sozinha, vem sempre acompanhada de outras complicações.
Cresce consideravelmente a ocorrência da obesidade no Brasil. Estudiosos afirmam que é pelo estilo de vida e alimentação. Todavia há outro fator que contribui para tanto, a saber, o padrão mental. Obesidade é um processo psicológico, e todo processo psicológico se manifesta na esfera física. O corpo é simplesmente o reflexo da mente. Todo excesso impresso neste representa um desequilíbrio interno.
A Metafísica explica que toda doença é um descontentamento e o excesso de gordura significa energia bloqueada, parada. Carregar excesso de peso é o simbólico de nutrir um monte de carga negativa. Sempre existe um por quê de estar gordo. Obesidade é causada por sentimento de rejeição, ressentimento, de apego, pessimismo, ingratidão, orgulho. Atos de criticar, culpar os outros, reclamar tem a ver com engordar.  O obeso é aquele que não esvazia seu corpo e mente, reprime tudo, guarda rancor, tem pensamento de vingança, é comum dramatizar e se enxergar como vítima das situações. Quando a pessoa é magra e engorda é porque engoliu muita agressividade e desapegar, perdoar e desenvolver a gratidão é a forma de você se curar.
Pensamentos e sentimentos são alicerces da nossa aparência física, nossa mente dá forma a nosso corpo, logo, tudo o que você sente contamina seu organismo. Alimentar afeto positivo em relação à si mesmo, a pessoas, a animais aumenta a frequência vibracional e consequentemente a imunidade. Bem como, alimentar afetos negativos como mágoas, raiva de sí mesmo ou de pessoas, ficar remoendo situações, discutindo, julgando os outros faz liberar toxinas no organismo.
Mudando o padrão mental e comportamental automaticamente mudará a estrutura física. Bem como, mudar a estrutura corporal provoca mudanças na personalidade. Pode partir de dentro para fora, ou vice verso. Avalie sua realidade interna, verifique o que ela esta criando em sua vida, pare de atribuir condenações aos outros, isso só faz mal a você! Saiba que se libertando das amarras de sentimentos ruins é a única forma de angariar saúde plena. Se você tem dificuldade para fazer isso sozinho procure ajuda psicoterapêutica, mas não desconsidere outras práticas como exercícios e alimentação, pois também são comportamentos que influem sobre quem somos. Yoga e meditação tem se mostrado uma prática eficaz contra a obesidade.
   
Psicóloga katree Zuanazzi
CRP 08\17070


Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 15-02-2014.

PRINCIPAIS TEORIAS II. COMPORTAMENTALISMO



     No início dos anos 20 começou ficar em evidencia relatos de aprendizagens por condicionamento. Falava-se em influir sobre o comportamento com possibilidade de molda-lo conforme desejar tendo como enfoque o trabalho de Petrovich Pavlov que fazia estudo com cães. Porém isto tomou ênfase nos anos 60 com o surgimento de uma abordagem comportamental sistemática visando atuar sobre transtornos psiquiátrico.
    A abordagem comportamental ou behaviorista tem como prógono Edward Torndike e Jonh Watson. O primeiro teve suas pesquisas experimentais pautadas  em práticas educacionais, postulando que tudo é aprendizagem. Watson dá continuidade a este pensamento e alicerça uma teoria que foca o comportamento manifesto desconsiderando as experiências particulares de cada indivíduo e tudo o que não é mensurável, observável e replicável. Afirma com veemência:"Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e meu próprio mundo especificado para criá-los e eu vou garantir a tomar qualquer uma ao acaso e treiná-lo para se transformar em qualquer tipo de especialista que eu selecione - advogado, médico, artista, comerciante-chefe, e, sim, mesmo mendigo e ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça de seus antepassados". 
     Todavia, é com Burrhus Skinner, que a abordagem comportamental angaria espaço entre as correntes de pensamento na Psicologia. Logo, muitas variações foram estabelecidas, difundidas e hoje conta-se com uma gama de teorias, técnicas e métodos comportamentalistas, sempre tendo como centro a relação estímulo-resposta.
     Postula-se que toda ação tem um catalisador. E assim sendo, todo comportamento é aprendido e pode ser mudado com técnicas específicas. Denomina condicionamento o fator que molda ou modela o repertório comportamental. Este condicionamento acontece através de reforços que pode ser positivo ou negativo (ambos tem o termo negativo e positivo no sentido matemático), o primeiro é quando se acrescenta algo, independente de ser agradável ou aversivo; o segundo é quando se priva de um estímulo gratificante ou desejado. O processo de modelagem se dá através do condicionamento operante onde as ações são voluntárias. Há um repertório de reforçadores sistematizado para induzir a um determinado comportamento. 
      O grande mérito desta abordagem é ser  indicada e efetiva em casos como o Transtorno obsessivo compulsivo, fobias, pânico, dificuldade de relacionamento e afins. E a critica recebida das outras teorias é por assemelhar o ser humano a uma máquina programável, ou como um cão a ser adestrado e também por trabalhar questões fechadas e não a pessoa em sua total
      O meio pelo qual o terapeuta comportamental ajuda o paciente é por funções reforçadoras, discriminativas e eliciadoras, ele deve prestar atenção nos comportamentos clinicamente relevantes, evocar estes comportamentos, os reforçar, observar os efeitos e interpretar as variáveis que afetam o comportamento do paciente. Ou seja, o objetivo do psicólogo comportamental é extinguir os comportamentos achados inadequados os substituindo por padrões comportamentais bem aceitos e que não provoquem ansiedade no sujeito.

Psicóloga Katree Zuanazzi
CRP 08\17070

Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 01-02-2014. Também disponível nos sites www.saltinhoweb.com e www.afsaltinho.com.br